domingo, 10 de abril de 2011

'Faremos a reinvenção da escola', diz secretária de educação do Rio

Local será limpo, pintado e vai ganhar aquário e mosaicos. Escolas irão parar por 2 horas para discutir melhorias gerais após a tragédia. (Fonte: G1)


A secretária municipal de educação, Claudia Costin, afirmou neste domingo (10) em visita à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que na segunda-feira (11) a escola passará por uma reforma com pintura das salas, limpeza para remover o sangue e novas melhorias, como um aquário e mosaicos, para receber as crianças na semana seguinte.
Neste domingo (10), moradores fizeram homenagem com faixa às vítimas da tragédia na escola Tasso da Silveira (Foto: Jadson Marques/AE)Neste domingo (10), moradores fizeram homenagem com faixa às vítimas da tragédia na escola Tasso da Silveira (Foto: Jadson Marques/AE)
"Na outra segunda-feira (18), pretendemos fazer uma grande festa para a reinvenção da escola, com a presença de todos os alunos e pais. Queremos que eles participem do que o diretor chamou de escola fênix, que ressurge", disse ela. A secretária se referiu a uma expressão usada pelo diretor Luis Marduk em entrevista exclusiva ao G1, quando afirmou que buscará resgatar o local para receber os alunos.
"Nós queremos esta escola de novo", acrescentou Cláudia, afirmando que não gostaria que o local fosse desativado.
Ainda segundo a secretária, na próxima quarta-feira, as escolas da rede municipal irão parar por duas horas para discutir "melhorias gerais na rede após este episódio". As unidades remeterão um documento à secretaria, que irá verificar o que pode ser feito.
Cláudia diz que foi à escola colocar flores pelas crianças porque no dia seguinte à tragédia, quando esteve no local, estava bastante transtornada com o que ocorreu.

Novas homenagens a escola no domingo (Foto: Tahiane Stochero/G1)Novos cartazes e faixas foram colocados na escola
neste domingo (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Neste domingo, a escola amanheceu com mais cartazes e homenagens às vítimas do ataque na última quinta-feira (7), quando 12 crianças foram mortas. O local virou ponto de peregrinação, onde várias igrejas e moradores de outras comunidades levaram faixas pedindo paz e maior segurança nas escolas.
Uma professora também colocou um texto formando palavras com o nome da escola. Vizinhos e conhecidos das vítimas foram ao local para rezar e dezenas de velas estavam junto ao muro.
A doméstica Osília Almeida visitou os pais da estudante Renata Lima, de 13 anos, que sobreviveu ao ataque, e foi também até a escola rezar pelas vítimas.
"Isso me comove muito, a família está muito triste e chocada, mas feliz porque ela está bem", disse Osília.
A menina de 13 anos internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após o ataque a escola, saiu do estado grave e se encontra em um quadro estável, de acordo com o último boletim divulgado pela assessoria da Secretaria estadual de Saúde, neste domingo (10). Ela foi atingida no abdômen e na coluna e foi operada no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. A menina já respira espontaneamente e está lúcida. Ao todo, dez vítimas ainda estão hospitalizadas em seis unidades do estado, duas delas seguem em estado grave.
O corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, segue no Instituto Médico Legal (IML) neste domingo (10). Segundo o IML, será dado um prazo de 15 dias para algum familiar fazer a retirada, do contrário, o rapaz será enterrado como "corpo não reclamado".
A menina Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos, vítima do ataque a escola em Realengo, foi cremada no cemitério do Caju, na Zona Portuária, na manhã de sábado (9). E os corpos de 11 crianças foram enterrados na sexta-feira (8).

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