Em um relacionamento, é preciso ceder. Mas é possível equilibrar alguns detalhes com uma boa conversa
Todo mundo tem uma mania. Provavelmente, várias... Em um relacionamento, é comum os parceiros terem vontade de dizer um ao outro que certos comportamentos são incômodos. Mas fica a dúvida: falo ou não falo? Será que não expressar tudo o que você sente pode causar problemas ou, ao contrário, evita crises? O UOL Comportamento ouviu especialistas que apontam dez coisas que homens e mulheres gostariam de dizer a seus pares, mas não têm coragem. Veja abaixo quais são as verdades engasgadas mais comuns (e como lidar com elas). Mas esteja ciente de que, em qualquer união, ambos precisam ceder um pouco, ainda que seja possível discutir, com jeitinho, alguns pontos que beneficiarão os dois.
1. "Chega de pedir opinião ou benção para a mamãe. Você já é um homem feito!"
Blenda de Oliveira, doutora pela PUC em psicoterapia de casais e família, diz que esse é um problema delicado e que deve ser resolvido com diálogo e aos poucos. Uma das alternativas é valorizar o parceiro, assim como a relação que ele tem com a mãe. Para Blenda, o homem que adota esse comportamento não percebe o que está fazendo, pois foi criado de maneira superprotetora. "A companheira deve sugerir que ele tome suas decisões sozinho e estimulá-lo. Por isso, é ideal que o casal converse muito. A conscientização de que ele tem uma nova família, e isso exige nova conduta, deve partir dele. Em casos extremos, auxílio terapêutico é necessário". E não adianta virar inimiga da sogra. Se a mulher quer melhorar seu relacionamento com o parceiro, manter uma relação pacífica com a mãe dele é uma decisão sábia. "Acusar ou criticar aumenta a resistência e causa desgaste aos três."
2. "Sim, estou estressada porque sou mãe, profissional, mulher e dona de casa. Aliás, você sabe o que significa dupla jornada?"
Nesse caso, é preciso comunicar ao parceiro sobre o excesso de atribuições, mas sem colocar-se como vítima. "Os homens, de modo geral, não reagem bem às conversas dramáticas -e por vezes manipuladoras- das mulheres. Ela trabalha, é mãe, dona de casa e tudo mais porque escolhas foram feitas. O homem também tem suas obrigações e sua sobrecarga, por isso, este não é um bom argumento", diz Blenda. É essencial que ambos aceitem que a união é uma parceria: quando um precisa o outro ajuda. Por isso, proponha uma divisão de tarefas, mas sem escândalos.
3. "Tamanho importa sim, mas cuidado: se não souber usar, não adianta"
Segundo Glene Rodrigues, terapeuta sexual, o tamanho do pênis importa, sim. E o diâmetro é o mais importante para dar prazer à mulher. "Em um contexto geral, podemos dizer que o conjunto é o que importa e não só a anatomia do órgão do parceiro. A maioria das mulheres atinge orgasmo por estimulação clitoriana, portanto, o homem, sabendo estimular essa região ou fazendo um bom sexo oral, garante o prazer feminino". A solução para esse caso é ensinar o homem a te tocar. Mostre e explique para ele o que você gosta. "Diga que, quanto mais excitada você for nas preliminares, melhor será a penetração depois, já que a lubrificação aumenta", diz a terapeuta, que também aconselha suas clientes a comprarem vibradores e massageadores clitorianos. "Assim, o parceiro a estimula e descobre como a mulher sente prazer nessa região."
4. "Que diferença vai fazer na nossa vida a vitória do seu time e, a propósito, qual a graça de assistir homens correndo atrás de uma bola?"
Todos enfrentam obstáculos por alguém, pois essa pessoa tem muitas qualidades que superam os defeitos. Ninguém consegue manter um relacionamento se não tolerar pequenas manias, defeitos e características do outro. E é bom lembrar que, provavelmente, o seu parceiro também está fazendo o mesmo em relação a você. Se você não compreende o amor dele por futebol, paciência. Alguma coisa que você gosta também não deve fazer sentido para ele. O ideal é que ambos respeitem as particularidades um do outro. O futebol é só um exemplo.
5. "Tente achar o ponto G, por favor?"
Para dizer isso ao homem, não use um tom de reprovação (como se ele não soubesse lhe dar prazer). Proponha como um desafio para o casal, uma brincadeira entre os dois. Para facilitar o caminho, diga que o ponto G fica na parede anterior da vagina. Colocando o dedo, mais ou menos um centímetro e meio para dentro. "Eu recomendo muito que o parceiro faça sexo oral e ao mesmo tempo estimule essa região com o toque e a introdução do dedo, assim, os dois vão buscar juntos o estímulo eficiente para que ela tenha prazer", explica Glene.
1. “Quando você vai entender que homem gosta de mulher safada só na cama?”
Os homens adoram estar acompanhados de uma mulher bem educada e delicada, mas que se transforma entre quatro paredes. E para muitas é mais difícil colocar essa segunda característica em prática. Para a consultora de casais Vanniah Neves, quando a falta de sinceridade ocorre no sexo, a vida sexual fica comprometida. "A questão da insatisfação sexual deve ser colocada em pauta para que o casal realinhe o prazer a dois. O mal não está em falar, mas como fazer isso. E há maneiras diferentes de abordar o assunto", diz. Portanto, se ela é tímida na cama, acusar e reclamar não é o caminho para que ela melhore. Converse abertamente sobre o assunto, com naturalidade e delicadeza, para que ela se solte. E não espere que a liberação ocorra do dia para a noite.
2. “Não lembrar de uma data de comemoração não quer dizer que deixei de te amar”
O psicoterapeuta Alessandro Vianna explica que, além das diferenças básicas de comportamento feminino e masculino, há, também, as diferenças pessoais. E algumas pessoas, homens ou mulheres, não se apegam a datas que para outras são importantes. "Explique à parceira a dificuldade que você tem em fixar datas importantes. Como não há dois seres humanos que pensem e sintam exatamente as mesmas coisas, é preciso que, de vez em quando, um seja mais flexível do que o outro. Diga isso a ela". Porém, como você também precisa ceder, sugira que ela escolha uma data só como o aniversário do relacionamento (e não exija que você se lembre do dia em que vocês se conheceram, o dia do noivado, o do casamento, do primeiro beijo...). Marque na agenda ou no celular e, claro, essa você não poderá esquecer.
3. “Essa roupa não engorda. É você que está gorda”
Homem, geralmente, não tem paciência para os ataques de depreciação feminina. Em todos os casos: seja quando a mulher está realmente acima do peso ou quando apenas acha que está. Se ela precisa de uma dieta, que é o caso mais delicado, o parceiro pode ajudar a mulher de diversas maneiras. "A mais praticada em consultório é a que chamamos de efeito dominó: ele adota uma nova dieta, tem hábitos saudáveis, passa a chamá-la para uma caminhada, por exemplo", diz Lara Natacci Cunha, nutricionista e especialista em distúrbios alimentares. Se essa dica não funcionar, há outra tática eficiente e mais direta, de acordo com Lara. "O homem pode dar de presente um pacote de serviços, com acompanhamento nutricional, academia e tratamentos estéticos. É uma maneira carinhosa de dizer a ela que se preocupa, sem ofendê-la". E lembre-se que é importante elogiar a força de vontade dela e as mudanças que ocorrerão em seu corpo.
4. “Discutir a relação não é um compromisso semanal. E quando você quiser conversar, pelo amor de Deus, seja mais objetiva”
Segundo Allan e Barbara Pease, autores do "Por Que os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor?” (Editora Sextante), as mulheres falam de seis a oito mil palavras por dia, enquanto eles, de duas a quatro mil. Homens são mais racionais e objetivos, daí a falta de vontade de conversar e analisar o relacionamento. Seria perfeito que as mulheres fossem direto ao ponto, sem rodeios. Porém, compreenda que a necessidade de falar é uma característica feminina. O melhor, então, é ter bom humor. Procure explicar a ela que conversas excessivas também desgastam o relacionamento e que você está com ela porque a ama -e é isso o que importa.
5. “TPM é sua desculpa para tudo. E hoje existe tratamento, sabia?”
A TPM é um problema reconhecido pelos médicos mundialmente. Por isso, não encare-o como desculpa, não. Porém, são muitas as alternativas de tratamento, desde simples mudanças de hábitos alimentares à prescrição de remédios por médicos. Esses tratamentos diminuem consideravelmente o mau humor no período pré-menstrual, além de outros sintomas ruins dessa fase. Se ela não se anima a procurar tratamento, o melhor é mostrar à parceira o quanto esse comportamento faz mal a ela e ao relacionamento de vocês. Estimule-a a buscar ajuda, para que ela enfrente melhor esse período. Enfatize que a principal beneficiada será ela. E é bom não escolher o auge da TPM para ter essa conversa.
DA MULHER PARA O HOMEM
1. " Chega de pedir opinião ou benção para a mamãe. Você já é um homem feito!"
Blenda de Oliveira, doutora pela PUC em psicoterapia de casais e família, diz que esse é um problema delicado e que deve ser resolvido com diálogo e aos poucos. Uma das alternativas é valorizar o parceiro, assim como a relação que ele tem com a mãe. Para Blenda, o homem que adota esse comportamento não percebe o que está fazendo, pois foi criado de maneira superprotetora. "A companheira deve sugerir que ele tome suas decisões sozinho e estimulá-lo. Por isso, é ideal que o casal converse muito. A conscientização de que ele tem uma nova família, e isso exige nova conduta, deve partir dele. Em casos extremos, auxílio terapêutico é necessário". E não adianta virar inimiga da sogra. Se a mulher quer melhorar seu relacionamento com o parceiro, manter uma relação pacífica com a mãe dele é uma decisão sábia. "Acusar ou criticar aumenta a resistência e causa desgaste aos três."
2. "Sim, estou estressada porque sou mãe, profissional, mulher e dona de casa. Aliás, você sabe o que significa dupla jornada?"
Nesse caso, é preciso comunicar ao parceiro sobre o excesso de atribuições, mas sem colocar-se como vítima. "Os homens, de modo geral, não reagem bem às conversas dramáticas -e por vezes manipuladoras- das mulheres. Ela trabalha, é mãe, dona de casa e tudo mais porque escolhas foram feitas. O homem também tem suas obrigações e sua sobrecarga, por isso, este não é um bom argumento", diz Blenda. É essencial que ambos aceitem que a união é uma parceria: quando um precisa o outro ajuda. Por isso, proponha uma divisão de tarefas, mas sem escândalos.
3. "Tamanho importa sim, mas cuidado: se não souber usar, não adianta"
Segundo Glene Rodrigues, terapeuta sexual, o tamanho do pênis importa, sim. E o diâmetro é o mais importante para dar prazer à mulher. "Em um contexto geral, podemos dizer que o conjunto é o que importa e não só a anatomia do órgão do parceiro. A maioria das mulheres atinge orgasmo por estimulação clitoriana, portanto, o homem, sabendo estimular essa região ou fazendo um bom sexo oral, garante o prazer feminino". A solução para esse caso é ensinar o homem a te tocar. Mostre e explique para ele o que você gosta. "Diga que, quanto mais excitada você for nas preliminares, melhor será a penetração depois, já que a lubrificação aumenta", diz a terapeuta, que também aconselha suas clientes a comprarem vibradores e massageadores clitorianos. "Assim, o parceiro a estimula e descobre como a mulher sente prazer nessa região."
4. "Que diferença vai fazer na nossa vida a vitória do seu time e, a propósito, qual a graça de assistir homens correndo atrás de uma bola?"
Todos enfrentam obstáculos por alguém, pois essa pessoa tem muitas qualidades que superam os defeitos. Ninguém consegue manter um relacionamento se não tolerar pequenas manias, defeitos e características do outro. E é bom lembrar que, provavelmente, o seu parceiro também está fazendo o mesmo em relação a você. Se você não compreende o amor dele por futebol, paciência. Alguma coisa que você gosta também não deve fazer sentido para ele. O ideal é que ambos respeitem as particularidades um do outro. O futebol é só um exemplo.
5. "Tente achar o ponto G, por favor?"
Para dizer isso ao homem, não use um tom de reprovação (como se ele não soubesse lhe dar prazer). Proponha como um desafio para o casal, uma brincadeira entre os dois. Para facilitar o caminho, diga que o ponto G fica na parede anterior da vagina. Colocando o dedo, mais ou menos um centímetro e meio para dentro. "Eu recomendo muito que o parceiro faça sexo oral e ao mesmo tempo estimule essa região com o toque e a introdução do dedo, assim, os dois vão buscar juntos o estímulo eficiente para que ela tenha prazer", explica Glene.
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