O recomeço da DC Comics

Capas da primeira e da segunda tiragem da nova revista "Justice League"

Lançada nos Estados Unidos na última quarta, simultaneamente no formato digital e com uma tiragem de 200 mil exemplares, a nova revista da Liga da Justiça esgotou em menos de 24 horas, e vai ganhar reimpressão. A nova fornada de exemplares chega aos revendedores no dia 14 de setembro e, dizem, já esgotada, o que deve fazer com que o número 1 de "Justice League" ganhe mais uma tiragem e se torne o gibi mais vendido do ano.

E este é apenas o primeiro - e fraco - da leva de 52 novos títulos da DC Comics a serem lançados lá fora neste mês de setembro. Todos, inclusive os já tradicionais "Detective Comics" (do Batman) e "Action Comics" (do Super-Homem), foram "zerados", o que fará com que os leitores possam dar início a uma nova coleção. Para felicidade da editora, que venderá como nunca.

A estratégia de começar tudo de novo na DC saiu das mentes doentias dos editores Dan Didio e Jim Lee (ilustrador de "Justice League"), que resolveram unificar todos os universos da editora, inclusive o Wildstorm, em um só, e dar uma bela sacudida nas cabeças dos leitores. Na nova revista da Liga da Justiça, por exemplo, o bom roteirista Geoff Johns parte do princípio de que os super-heróis ainda não se conhecem. E vai contar uma nova origem do supergrupo formado por Batman, Aquaman, Lanterna Verde, Ciborgue, Flash, Mulher-Maravilha e um Super-Homem bem mais jovem do que o habitual.

Sem querer soltar nenhum grande spoiler, mas já revelando um pouco, o restart no universo DC será dado pelo personagem Flash na boa minissérie "Flashpoint", ainda não publicada no Brasil e escrita pelo mesmo Johns, mas com arte de Andy Kubert. A editora Panini, que publica o material no Brasil com 10 meses de diferença cronológica, já divulgou que a trama deve chegar aqui só no primeiro semestre do ano que vem. Mas ainda não sabe se também vai zerar seus títulos. O certo é que não deve trazer as 52 novas revistas , concentrando-se em publicar o suficiente para que o leitor brasileiro compreenda o todo.