domingo, 18 de novembro de 2012



-Nessa segunda-feira, dia 19 de novembro, fará um ano que a minha mãe, Adelina de Ávila Gervásio, foi chamada por Deus para morar ao lado dele. E, nos últimos dias fiquei pensando no que escrever para que essa data não passasse em branco. E, cheguei a conclusão de que a melhor maneira de fazer isso era escrever sobre as coisas boas que ela fazia, em todos os sentidos e, do jeito dela - um jeito simples, humilde, sem muito requinte mas, porém, com o objetivo único de deixar seus familiares felizes, alegres e, como boa mãe, envolver todos em torno dela. Me recordo de que, ela sempre dizia : 'Mês que vem vai sobrar um dinheirinho da aposentadoria e vou chamar os meninos (filhos) pra vim comer um arroz aqui comigo!'. Quando ela dizia assim aconteciam duas situações: galinhada com macarrão, salada e refrigerante ou arroz com frango, macarronada, salada e refrigerante. Ela sempre dizia que, um ou dois frangos rendiam e agradavam mais que fazer carne de vaca ou de porco. Me lembro também que, muitas vezes chegava em casa e sempre tinha uma quitanda, quer seja um bolo frio ou assado por ela ou até mesmo comprado na padaria perto de casa. Quantas foram as vezes que, em virtude do trabalho, não teria como ir em casa almoçar, eu ligava avisando, dizendo que não precisava se preocupar e, o que ela fazia? Me dizia que iria mandar a comida, mesmo que eu dizesse que não precisva, que me viraria sozinho. Mas, ela sempre mandava. Ainda bem! Quantas foram as vezes que, timha que passar em casa e almoçar correndo para voltar ao trabalho ou fazer algum serviço fora e dizia que podia esquentar o arroz que tava lá na geladeira, ela sempre fazia um arroz novo, rapidinho mas, que era uma delícia. Eu sei que, muitas pessoas devem estar pensando: 'esse cara é um folgado! Por que não deixava a pobre mãe sossegada? Sem incomodá-la. Por que, ao invés de ela sempre fazer o almoço por que não levava ela pra almoçar fora de vez em quando?'. E, a resposta, creio que é simples e eu respondi lá em cima: ela gostava de fazer comidas gostosas para seus familiares e não se importava com isso. Também me lembro do fato de que ela sempre insistiu com os sete filhos para que aprendessem a ler e escrever e, assim, ter uma vida melhor. Prova disso é que todos os filhos sabem ler, escrever e assinar o nome. Ela, por causa de sua criação, creio eu, não era uma mulher de abraçar e beijar os filhos, mas, nos tratou sempre, do jeito dela, com muito amor e carinho. Me lembro também que, graças a ela e meu, Sebastião Gervásio Filho, que também está do lado de Deus há 21 anos, aprendi a ir no supermercado e fazer compras, algo que faço até hoje. Ela religios: todo início de mês íamos ao Supermercado do Silviano, o Brilho do Sol, na Rua João da Cruz comprar o básico mas, que dava pra passar o mês. O Supermercado do Silviano fechou e passamos a fazer comprar no Supermercado Santos Dumont, lá na Avenida Santos Dumont e, ficamos fazendo a compra do mês, da semana e aquela compra emergencial do dia-dia durante mais de 20 anos, até que o mercado mudou para outro endereço, longe de casa e, ela começou a fazer compras no Reis ou no Lucas, algo que fez até dois meses antes de ficar doente. E, o meu compromisso, também sagrado de todo início de mês, era ir com ela ao supermercado. Às vezes eu não tinha tempo de ir com ela durante a semana mas, no sábado ou domingo íamos ao mercado. E, com um detalhe, eu não dava palpite no que ela comprava, apenas calculava o que estava comprando para não passar da conta. E, na boca do caixa, sempre dava certo. Ela ia tanto ao Supermercado Santos Dumont, que todas as caixas, pessoal da padaria, verdura, açougue, gerente eram amigos dela. Tanto eram amigos dela que, certaz vez, estávamos na fila do caixa e a energia acabou. O gerente disse que, se ela quissesse poderia deixar a compra lá que faria a conta e entregariam em casa. E, ela aceitou a proposta. Uma hora e meia depois a compra chegou, conferimos e estava tudo certo. Até o valor. Mas, um ano passou. Muito do que ela me ensinou continuo fazendo, porém, sem ela que não está mais do nosso lado fisicamente, mas, espiritualmente, em nossos corações e almas estará sempre com seus familiares. O último ano, sem ela, foi complicado em diversos pontos mas, sei que ela está sempre nos acompanhando. E, como diria Lindomar Castilho: MINHA MÃES, MINHA HEROÍNA, MINHA MÃE, MINHA FLOR DIVINA...

Nenhum comentário:

Postar um comentário