quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Estação Retrô: Star Wars – Knights of the Old Republic

Star Wars – Knights of the Old Republic
Star Wars – Knights of the Old Republic
A franquia Star Wars já foi explorada de todos os jeitos possíveis nos videogames, mas, até 2003, não tinha sido transformada em um RPG. A tarefa caiu nas mãos da BioWare, um estúdio já calejado na construção de RPGs como os medievais “Baldur’s Gate” e “Neverwinter Nights”. O resultado é um dos melhores games baseados no universo de George Lucas e um dos melhores títulos do primeiro Xbox, que agora está prestes a ganhar um MMORPG situado em seu universo, na forma de “Star Wars: The Old Republic”.
A história se passa 4 mil anos antes da ascensão do Império Galáctico, em uma época na qual a República se via às voltas com a invasão dos Siths. Sim, nessa época, a máxima de que sempre existem dois, um mestre e um aprendiz, não funcionava dessa forma, com centenas, talvez milhares, de guerreiros portando os sabres de luz vermelhos, sob a liderança de Darth Malak e de seu misterioso e desaparecido mentor, Darth Revan. O jogador acorda como um avatar sem nome e desmemoriado, que pode ser homem ou mulher (embora, canonicamente, seja homem) e parte para diversos pontos da galáxia para deter Malik e descobrir mais sobre seu passado.
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O velho e o novo
Um dos méritos de “Knights of the Old Republic” é fazer com que o jogador se sinta em casa, mesmo com um elenco novo e uma nova dinâmica na galáxia. Para isso, o estúdio inseriu personagens que lembram alguns dos favoritos dos filmes, como uma versão psicótica de C3P0, o andróide HK-47; um piloto falastrão, dono de uma nave que é uma das máquinas mais velozes do universo, bem parecida com a Millenium Falcon; um companheiro wookie; um mestre jedi igualzinho ao Yoda; um vilão com voz robótica e problemas respiratórios... isso sem falar nos planetas que o jogador visita, como Tatooine, Coruscant, Dantooine e Kashyyk, que devem puxar algumas lembranças daqueles que conhecem a saga de George Lucas.
A jogabilidade de “KOTOR” é estritamente RPG, mas a BioWare quis dar um ar mais dinâmico nos visuais. Com isso, a ação rola em tempo real, com os personagens dando tiros laser e fazendo malabarismos com o sabre de luz, enquanto por trás dos panos, dados de 20 faces rolam soltos, sustentando os sonhos dos nerds fãs de RPGs de mesa. Complementando os combates, está um sistema de decisões que faz com que cada ação do jogador contribua para um medidor entre o lado negro e o lado da luz. As escolhas afetam tanto a história do game, quanto as relações com os personagens da equipe. Alguns membros, inclusive, são alinhados com o lado sombrio, exibindo comportamentos violentos e psicóticos. O sistema, bastante inovador para a época, acabou sendo usado em games posteriores do estúdio, como “Jade Empire” e “Mass Effect”.
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O inimigo sou eu
O game traz também uma das reviravoltas mais geniais em sua história, com o jogador descobrindo, lá pelo último ato, que é, na verdade, o grande vilão do jogo, Darth Revan, desmemoriado. Com isso, cai a decisão de se manter pelo árduo caminho da luz ou cair nas tentações do lado sombrio da força.
Apesar de trazer vários planetas, cenários e personagens, “KOTOR” tem gráficos bastante avançados para a época, com modelos de personagens detalhados e efeitos como a grama balançando com a brisa e nuvens de poeira sob as dunas arenosas de Tatooine. A versão de PC do game, como de praxe, trouxe gráficos melhores, mas também mais NPCs, armas e itens.
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Prodígio da Força
A trilha sonora do game, apesar de trazer toda a pompa que se espera de um game “Star Wars”, foi composta por Jeremy Soule, aclamado compositor que recentemente trabalhou na trilha de “The Elder Scrolls V: Skyrim”, que, por limitações de hardware, não conseguiu encaixar no game uma trilha sonora orquestrada.
“KOTOR” foi extremamente bem recebido pela crítica, com uma pontuação de 93 no agregador Metacritic. O site IGN colocou o game como o terceiro melhor da década, atrás apenas de “Shadow of the Colossus” e “Half-Life 2”. O site Game Informer colocou o jogo em 54º em uma lista dos 200 melhores games de todos os tempos. Forte, a Força é neste jogo.

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