Você prefere fazer exercício físico em ambiente
fechado ou ao ar livre? Em uma enquete feita no site do Bem Estar,
70% dos internautas disseram que gostam mais de se exercitar na rua e
apenas 30% votaram na academia - no entanto, seja qual for o local, o
importante mesmo é fazer atividade física, como explicou a
reumatologista e médica do esporte Fernanda Lima no Bem Estar desta
sexta-feira (24).
Porém, é fundamental tomar alguns cuidados, por
exemplo, com a umidade, que pode limitar e prejudicar muito o
desempenho, seja na rua ou até mesmo na academia. De acordo com o
fisiologista do esporte Paulo Correia, para práticas esportivas, é
ideal que a umidade relativa do ar esteja acima de 60% - se estiver
em 50%, já fica mais difícil e abaixo de 40%, inviável. Isso
porque o ar seco resseca a garganta e afeta a via respiratória,
dando uma sensação de queimação. Dependendo do esforço, a
respiração pode começar a ficar ruim, podendo até ocorrer crises
de tosse.
Uma das maneiras de evitar isso é escolher a hora
de treinar, como lembrou a reumatologista e médica do esporte
Fernanda Lima. Apesar de o exercício ao ar livre oferecer o prazer
do ambiente, é preciso tomar cuidado, por exemplo, com o sol forte,
que pode levar a um quadro de insolação. Fora isso, em dias muito
quentes, o rendimento não é o melhor já que o calor faz o corpo
perder energia e se desidratar mais rápido. Com isso, a frequência
cardíaca aumenta, os músculos ficam ressecados e a circulação de
sangue nos rins e cérebros diminui, levando à fadiga.
Outro problema da atividade ao ar livre é a
poluição - para reduzir a exposição, a dica é optar pelo
exercício dentro de parques, debaixo das árvores, onde a poluição
é menor do que na rua e perto dos carros, como mostrou o professor e
especialista Paulo Saldiva na reportagem da Natália Ariede .
O risco para a saúde é maior na rua por causa da
fuligem, fumaça preta que sai dos automóveis, que pode provocar os
mesmos efeitos do cigarro. No entanto, os riscos não são um motivo
para não fazer atividade física já que ela pode reduzir não só
as chances de doenças, como as cardiovasculares, câncer e diabetes,
mas também os efeitos da poluição.
A reportagem mostrou ainda que na academia também
existe poluição, mas em um nível muito menor e dentro das taxas
aceitáveis e recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Além
disso, malhar na academia também tem a vantagem de estar em um
ambiente controlado, longe do sol, da chuva, do calor excessivo ou da
umidade muito baixa. Em geral, esses locais têm ar-condicionado, que
deixa o corpo mais confortável e pode interferir no desempenho do
atleta. Porém, se não estiver bem higienizado, o ar-condicionado
pode levar bactérias para o ambiente e piorar a qualidade do ar.
Existe diferença também na hora de correr e
caminhar - ao ar livre, por exemplo, o exercício exige maior
resistência do atleta por causa do terreno acidentado, do vento e da
ausência da rolagem da esteira, que diminui a necessidade de ação
do músculo posterior da coxa. No caso da bicicleta, no entanto, é
muito difícil encontrar uma pista onde seja possível pedalar
rápido. Ou seja, nem sempre é possível forçar mais os músculos
como nas aulas de spinning, que permitem que a pessoa use várias
marchas e pedale na velocidade que quiser. Por isso, em geral, a
musculatura trabalha mais nas aulas de spinning, que também queimam
mais calorias.
O programa falou também sobre o uso de roupas
quentes na hora de se exercitar. Há quem acredite que essas roupas
podem ajudar a queimar mais calorias já que o corpo sua mais, mas
isso é um mito, como explicaram os especialistas.
O que acontece é que o corpo se desidrata e perde
água, o que pode interferir no peso. O problema é que, quando a
pessoa beber água novamente, ela ganhará esse peso novamente. A
reumatologista e médica do esporte Fernanda Lima lembrou ainda que,
ao malhar agasalhado demais, o corpo cansa mais, o que faz a pessoa
parar o exercício mais rápido. Mais detalhes e vídeo aqui:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/01/entenda-diferenca-entre-se-exercitar-em-ambiente-fechado-e-ao-ar-livre.html